Os desenhos do fim da História ...

Os meninos e meninas da #sala5 desenharam o fim da história do Gato Gabriel e cá estão esses mágicos desenhos...

Uma história, só é história se contada...

O rei Feijão lembrou-se do seu tempo de jovem e das magias que fazia com o João (da aventura que tinha tido com o pé de Feijão) e tirou do bolso uma varinha mágica e… Abracadabra! Todos os legumes presentes na sala se transformaram em abóboras! Mas havia uma coisa muito engraçada. Todos tinham cores e desenhos diferentes. Havia abóboras azuis às bolinhas amarelas, verdes às riscas e todos tinham nas mãos balões que os faziam subir no ar e andar a voar sem saber muito bem para onde ou como controlar os seus movimentos…

De repente, uma gargalhada ouviu-se na sala. Era a velha e resmungona abóbora a rir que nem uma perdida! Ria tanto e tão alto que se ouvia em todos os reinos daquelas paragens! E…

… queres ver que já adormeceu? O quarto estava decorado de um cor-de-rosa suave e tinha espalhados pelo chão muitos brinquedos. Na cama, Mariazinha dormia. O pai levantou-se e tapou a gaiola do ratinho Manuel que estava também com sono e havia sido uma prenda de anos e era o hamster de estimação da família. Assim terminava aquele dia do pai e mais uma história contada para adormecer e embalar os sonhos daquela menina bonita que ouvia, do seu pai, sempre as histórias contadas com encanto e magia nas noites em que ele estava em casa e a ia adormecer. Era mais uma história, mas era mais uma história mágica contada com toda a ternura do mundo para a Mariazinha adormecer docemente…

FIM

... e assim acaba mais uma história contada a muitas mãos, com a #sala5 e a bruxinha!

O Baile do Susto - História

A raínha Couve Flor e o rei D. Feijão encarnado foram os primeiros a abrir o baile. Eles dançavam muito bem.

A orquestra era muito boa. Eram cinco músicos jeitosos. A cenoura tocava guitarra, a alface tocava piano, o tomate tocava flauta e cantava, a batata tocava bateria e a cebola cantava.

Os legumes perderam a vergonha e começaram a dançar.

Dançaram, dançaram até ficarem todos tontos e cansados.

Quem levou salto alto, até partiu os saltos.

Estavam todos cheios de sede e fome. Foram todos para o bar. Os bróculos (os empregados do bar), não tinham mãos a medir:

Um sumo de laranja, sumos de maçã, batido de morango.....

Os bróculos já estavam de língua de fora com esta trabalheira.

Nisto ouviram a abóbora a aproximar-se e pensaram pregar-lhe uma partida (para que ela se risse às gargalhadas).

Assim escreveram os meninos e meninas da #sala5. E agora, como vai acabar a história?

O Baile do Susto - Desenhos

Aqui fica, como os meninos e meninas da #sala5 desenharam o Baile do Susto que se passou lá para os lados da Terra dos Legumes Divertidos...

Uma carta de papel

Olá meninos da #sala5!

Ontem, depois do almoço, o carteiro tocou à minha campainha. Eu estranhei, é cada vez mais raro ele aparecer! Nos tempos que correm costumo receber só e-mails.

O carteiro trazia um envelope grande e verde! Abri e lá dentro vinha um cartão. De um lado, em letras grandes, estava escrito:

Convite

Do outro lado, em letras pequeninas, dizia:

Nós, Legumes e Leguminosas do Planeta Terra,

convidamos-te para

"O Grande Baile da Abóbora"

que se vai realizar na #sala5.

O tema deste ano é:

O Susto!

Mais uma tentativa para pôr a Grande Abóbora

a rir às gargalhadas…

Esperamos por ti.

Assinado:

Couve-flor

(Rainha e Comissária de Festas)

PS. Traje de susto. Chapéu obrigatório. Haverá canções e danças. Se tiveres ideias para fazer rir abóboras: traz todas!

Meus queridos amigos da #sala5 sei que foram todos convidados. Eu gostava mesmo muito de ir... Mas estou a meio dos preparativos para o Grande Banquete da Primavera, tenho muito pouco tempo. No entanto, vou ajudar!

Primeiro pensei enviar-vos receitas de feitiços para fazer rir abóboras, depois desisti. A Abóbora tem de rir por vontade própria. Lembrei-me então que era costume saírem no jornal notícias sobre "O Grande Baile da Abóbora "e fui pesquisar nos jornais antigos. Olhando para as fotos dos bailes passados cheguei a uma conclusão: acho que a Abóbora nunca se ria por causa dos sapatos muito, muito apertados que usava!

Experimentem arranjar-lhe uns sapatos bonitos mas bem confortáveis. Acho que, sem dores nos pés, quando ela vir os fatos assustadores dos legumes vai partir-se de riso! Bem, partir-se, é uma forma de falar…

Divirtam-se no "Grande Baile da Abóbora 2010".

Depois, por favor, mostrem-me os desenhos.

Um grande abraço verde e cheio de sol,

da vossa amiga Bruxinha.

A #sala5, a Bruxinha e o Jornal...

Buuuuhhhh e o baile no Reino dos Legumes...

O Rei Feijão levantou a voz e disse:

- Legumes e leguminosas! Amigos! Vamos ter que organizar o baile anual em honra da velha e furiosa abóbora! Todos os anos é a mesma coisa. Ninguém se decide, por isso este ano, eu e a rainha decidimos que o tema do baile será…

E os legumes todos, de olhar muito fixo no que ia dizer o Rei Feijão ouviram:

- BBBBBBUUUUUUUUHHHHHH – O baile do susto!

Os legumes todos ficaram a olhar uns para os outros. O quê? Buuuhhhh? Que é isso?

Até que um dos nabos se lembrou de acordar e com um ar muito ensonado disse:

- Todos os anos é a mesma coisa. Já vão tantos e tantos anos que tentamos fazer rir a Sra. Dona Abóbora e nada! E este ano querem um baile assim? Talvez resulte… Mas eu vou dar uma sugestão. Vamos mandar uma carta aos meninos e meninas da #sala5 e pedir-lhes ajuda. Se eles organizarem por lá um baile pode ser que a nossa amiga abóbora venha mesmo a rir… só vejo essa solução.

Todos olharam, novamente, uns para os outros. A rainha Couve-flor, falou com a sua voz doce:

- Concordo! Assim se faça… mas lembrei-me que também quero convidar a bruxinha de papel…

… e agora? Que caminho levará a história?

O Reino dos Legumes...

Voaram, voaram e voaram, rebolaram, riram sem parar e de repente começaram a descer.....

Aterraram no Reino dos Legumes.

Tudo eram legumes:

Cenouras saltaricas, alfaces redondas e sorridentes, bróculos que falavam:

- Bem vindos ao Reino dos Legumes Divertidos.

As batatas eram triângulos vermelhos, os tomates eram desdentados e cor-de-rosa, os nabos estavam sempre a dormir, as ervilhas estavam sempre a rir e a saltar e eram castanhas. Havia também cebolas que estavam sempre a rir. A abóbora era assustadora sempre com uma boca muito aberta e tinha olhos vermelhos gigantes (ela estava furiosa).

Os cogumelos eram malandros porque estavam sempre a pregar partidas e eram pretos, mesmo muito escuros! Os olhos deles é que eram brancos assim como a boca.

A seguir apareceu o pepino muito engraçado, estava sempre a mudar de cor e a fazer caretas.

Atrás dele apareceram o rei e a raínha dos legumes: O Rei Feijão encarnado e a raínha couve flor.

Quando eles chegaram fez-se um grande silêncio...

Escreveram os meninos e meninas da #sala5. E agora?

D. Redonda e o Vento Gordo

O Mocho, cá em baixo, olhava contente: o susto tinha funcionado, os amigos estavam a divertir-se, era manhã e ele ia (bocejo) dormir...

- Olá amigos! Este vento é tão simpático. Vou chegar num instante! - disse a senhora do vestido às bolinhas que apareceu sabe-se-lá-de-onde.

Onde é que a senhora chegaria? Eles não sabiam nem conseguiam perguntar com os risos das cócegas que o Vento Gordo lhes fazia, enquanto rebolavam no ar, quase a tocar as nuvens.

- Chegámos! - Disse a senhora a rir.

Ela fechou o guarda-chuva, o vento abrandou, e eles pousaram, devagarinho, no chão.

Onde? Num lugar incrível! Onde tudo era feito de chocolate! Havia casas, cogumelos, cavalos...coelhos, gatos e ratinhos, tudo de chocolate!

A Ana lembrou -se da história de “Hansel e Gretel” e avisou:

- Não toquem em nada! - E ficou atenta, a olhar à volta, a ver se aparecia alguma Bruxa Má.

- Fiquem à vontade - disse a senhora do vestido às bolinhas - ninguém vos faz mal. Eu venho cá todos os anos. O único perigo são as dores de barriga se comerem muito chocolate...

- E podemos comer?! - perguntou o ratinho Manuel, entusiasmado.

- Claro que sim. Venham comigo.

As ruas daquele lugar, rodeado de muralhas, estavam cheias de gente grande e pequena: uns de boca aberta a olhar, outros de boca cheia a saborear.

Os quatro amigos e a senhora do vestido às bolinhas que se chamava Dona Redonda, vá-se lá saber porquê, ela até era bem magrinha, passearam e provaram quase tudo.

Ao fim da manhã diz D. Redonda:

- Venham, venham depressa temos de apanhar o vento.

- Apanhar o vento?- perguntaram os quatro amigos.

- Sim, não vamos ficar aqui para sempre. Há muito para ver por esse Mundo fora.

Mas temos de voltar para casa antes que seja noite! - disse a Ana.

- Ainda falta muito para o anoitecer!

E D. Redonda abriu o chapéu de chuva. O Vento Gordo voltou e levou-os novamente pelo ar, no meio de cócegas e risos.

Meninos da #sala5 Onde é que a D. Redonda e o Vento Gordo irão levar os nossos quatro amigos?

Os meninos e meninas da #sala5 entrevistam a Bruxinha!

#sala5 Estás a gostar de escrever histórias connosco, na Casa das Histórias Mágicas?

Bx. Estou a gostar muito, muito mesmo!

#sala5 Eu só gosto de bruxas boas, como tu. (Bia, 5 anos).

Bx. Eu também prefiro as bruxas boas.

#sala5 Bruxinha, eu também conheço bruxas que andam descalças.

Bx. Há Bruxas em todo o mundo, de todos os feitios e manias. As que vivem em países quentes gostam de andar descalças.

#sala5 Como é que tu andas, descalça ou calçada. Se andares calçada é com sapato de salto alto ou baixo? (Filipa, 5 anos, Bernardo, 6 anos).

Bx. Ando calçada. Gosto de botas. Prefiro usar saltos baixos. É mais pratico.

#sala5 Tu tens medo de Bruxas ou Bruxos maus? (Joana B, Tó, 5 anos).

Bx. Em algum momento todos temos medo de alguma coisa. A minha mãe deu-me uma pulseira que me protege de maldades de bruxas e bruxos maus.

#sala5 Podes-nos mandar uma fotografia para vermos como tu és?(Miguel, 5 anos).

BX. Nós, as bruxas, não aparecemos nas fotografias. Só posso mandar um desenho...

#sala5 Onde é que tu moras? É num Castelo, numa gruta ou num palácio? (Joana, Afonso, Tó, 5 anos).

Bx. Em Leiria há um grande castelo. Mas não é lá a minha casa...

#sala5 Com quem é que tu vives? (Bia, 5 anos).

Bx. Com a Sílvia e os seus dois gatos.

#sala5 Tens um marido? (Afonso, 5 anos).

Bx. Não. Sou ainda uma pequena Bruxinha...

#sala5 Qual é a terra onde tu moras? (Bernardo, 6 anos).

Bx. Quando não estou a viajar moro em Leiria

#sala5 Tu fazes poções mágicas? (Joana B, 5 anos).

Bx. Faço. Mas ainda tenho de treinar muito até que as minhas poções estejam apuradas e façam exactamente aquilo que quero fazer com elas.

#sala5 Fazes feitiços e tens magia? (Gabriel, 6 anos).

Bx. Todos temos um dom de fazer feitiços e magia. Os dias em que conto histórias que desenham sorrisos na cara das crianças são mágicos!

#sala5 Tens poderes mágicos dentro de um armário? (Afonso, 5 anos).

Bx. Sou um bocadinho desarrumada. É possível que algumas magias andem espalhados pela casa e outras estejam guardados dentro do armário.

#sala5 Tens uma varinha mágica? (Salvador, 5 anos).

Bx. Não. Como dizia a minha mãe a nossa magia está nas nossas mãos e em tudo o que fazemos com elas.

#sala5 Como é que são os laboratórios de bruxas? (Filipa, 5 anos).

Bx. Têm muitos livros antigos. Muitos frascos com poções. Caixas com plantas secas... E um computador com net.

#sala5 Também tens uma vassoura para voares? (Mafalda, 5 anos).

Bx. Claro que tenho uma vassoura! Não seria Bruxa se não tivesse. É uma vassoura velhinha e rabugenta, feita em 1754.

#sala5 Gostas de ser bruxa? (Tomás, 5 anos).

Bx. Gosto de ser Bruxinha...

#sala5 Tens o nariz grande ? (Salvador, 5 anos).

Bx. Nem por isso... Tenho um narizito.

#sala5 Já fizeste um dia uma magia? (Tó, 5 anos).

Bx. Já experimentei várias. Nem todas saíram bem.

#sala5 Tens um chapéu de bruxa verdadeiro? (Afonso, 5 anos).

Bx.Tenho

#sala5 Tens sapatos bicudos? E pés grandes? (Salvador, Afonso, 5 anos).

Bx. Os meus pés são pequenos, ainda vão crescer. Não gosto de sapatos bicudos. Os meus sapatos são arredondados.

#sala5 Eu imagino que tenhas um caldeirão para fazer poções. (Filipa, 5 anos).

Bx. Tenho um pote de três pés, era da minha avó Melissa Meiga.

#sala5 Já voaste alguma vez de vassoura? (Bia, 5 anos).

Bx Já. Mas como a minha vassoura é muito velhinha é muito complicado voar com ela. Costumo viajar dentro da caixa das histórias da Sílvia.

#sala5 Eu imagino que tu tens uma casa de madeira. (Gabriel, 6 anos).

Bx. A casa da minha mãe, no Bosque onde nasci, era de pedra e madeira.

#sala5 E também tens um gato, como na história? Como é que se chama? ((Santiago, 5 anos).

Bx.Tenho um gato chamado Mico.

#sala5 No dia das bruxas costumas brincar com os meninos pequenos? (Salvador, 5 anos).

Bx. Claro. Saio à rua disfarçada de Bruxa! No resto do ano saio invisível...

#sala5 Tens aranhas? (Afonso, 5 anos).

Bx. Às vezes aparecem. Elas gostam de fazer teias nos livros, ou nas tampas dos frascos, que ficam muito tempo fechados.

#sala5 Para escreveres as histórias fazes magia ou escreves no computador? (Tomás,Afonso, 5 anos).

Bx.Uso cadernos e computador. Magia mesmo é a imaginação que nos faz inventar e inventar... Tal como a vossa, às Sextas-Feiras.

#sala5 Qual é a cor do teu chapéu de bruxa? (Miguel, 5 anos).

Bx. Tenho vários chapéus... de várias cores. Ultimamente tenho usado um com flores cor de cinza.

#sala5 Já fizeste algum feitiço para fazeres aparecer coisas? (Bernardo, 6 anos).

Bx. Ainda ontem usei o feitiço 77 para encontrar um sapato. Apareceram três lápis, uma maçaneta de porta, uma rã e o sapato!

#sala5 Já transformaste alguém em sapo? (Gabriel, 6 anos).

Bx. Não. Mas já tive vontade!

#sala5 Já fizeste desaparecer alguns meninos? (Tó, 5 anos).

Bx. Não, de forma alguma! Isso seria uma grande maldade!

#sala5 Também já fizeste algum feitiço para transformar alguém em mosca? (Filipa, 5 anos).

Bx. Ainda não... Mas era bom que eu aprendesse! Dava jeito ser mosca para ir ao cinema sem pagar bilhete...

Meus queridos. Agradeço as vossas perguntas. Espero que os vossos dias sejam bons. E fica prometido. Um dia, combino com a Ana e vou fazer-vos uma visita. Tenho de levar a Sílvia... Ela pode ir?

Muitos beijinhos para todos vós! E um beijo também para a Ana e para a Tina!

Leiria, 8 de Março de 2010

O Vento Gordo do Norte vem pregar uma partida!

Por uns instantes o mocho desapareceu a voar em direcção ao céu. A Ana, o ratinho Manuel e todos os outros só o viam subir e subir e subir e subir e subir… Tão depressa como subiu também desceu. Vinha com cara de zangado mas com um sorriso matreiro. Ao pousar numa árvore olhou com um ar de poucos amigos e disse:

- Agora é que vocês vão ver a partida que vos vou pregar.

A Ana e os seus amigos começar a olhar uns para os outros e a ouvir, muito ao longe, um ruído muito grande. De repente, sem darem por nada, viram passar por eles uma senhora com um vestido muito colorido a voar e sentiram um vento a passar muito depressa.

A Ana, assustada só disse:

- Fujam todos para aquela casa e fechem todas as janelas e portas! Vem ai o Vento Gordo do Norte!

Todos fugiram a correr mas o ratinho Manuel caiu e ficou para trás!

- Ajudem-me! Ajudem-me! Não me deixem aqui que eu vou voar sei lá para onde!!!

Sem pensarem, pois o seu amigo estava em perigo, todos voltaram para trás mas foram apanhados pelo Vento Gordo do Norte! Todos a voar! Todos a rir às gargalhadas! A verdade é que o Vento Gordo do Norte era conhecido por fazer muitas cócegas a todos os que apanhava no seu caminho! Era só rir! Riam tanto, mas tanto, com tantas cócegas que não conseguiam parar! Até a senhora do vestido às bolinhas às cores se ria!

Grande partida tinha pregado o mocho!

A verdade é que a Ana só pensava… onde é que vamos parar a voar assim?

… e agora a bruxinha de papel vai descobrir que lugar será esse :)

O Susto do Mocho...

1º "Gato escaldado de água fria tem medo"
2º " Água mole em pedra dura tanto bate até que fura"

3º "É bem vindo quem vier por bem"

4º "Guardado está o bocado para quem o há-de comer"

5º "A cavalo dado não se olha o dente".

Os amigos disseram os provérbios, mas o mocho continuava cheio de soluços.

O que fazer?

Combinaram pregar um susto ao mocho. Para isso esconderam-se todos atrás de um arbusto.

O mocho cheio de soluços, chamava por eles:

-hic, hic, onde estão? Para hic onde hic foram, hic?

Os amigos saltaram para a frente do mocho e gritaram todos ao mesmo :

- Buuuuuuuuuuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhhh!!!

Estamos aqui!!!

O mocho com o susto caíu do tronco da árvore para o chão.

Ficaram todos parados , quase sem respirar a olhar, queriam saber se o mocho estava magoado e se já não tinha soluços.

O mocho tinha apanhado um susto tão grande que perdeu os soluços.

Mas ao mesmo tempo ficou furioso, porque o tinham feito caír, e disse:

- Agora vão ver, agora sou eu que vos vou pregar uma grande partida.

... escreveram os amiguinhos da #sala5 com a Ana. E agora?

Um Mocho a soluçar...

- Não se mexam! - pediu a Ana - O melhor é ficarmos quietos. Vamos sentar-nos todos no chão. Tudo à nossa volta está tão pequenino que podemos provocar tremores de terra e destruir muitas coisas.

Sentaram-se. Não havia espaço para ficarem em círculo. Sentaram-se em fila. Mas estavam tão grandes que, quando o último se sentou, parecia que haver um comboio a percorrer quase toda a Floresta.

Para a Ana falar com o último da fila, por acaso era o gato Gabriel, teria de gritar muito altooo! Mas não gritou. Grande como estava o som era bem capaz de partir os vidros das janelas da sua casa... Os vidrinhos da janelinhas da sua casinha... Tão pequenina... parecia de bonecas.

Ao lado da Ana tinha ficado o ratinho Manuel. Um grande Manuel- ratão.

-E agora, Ana?- pergunta a Matilde que estava ao lado do Manuel.

A Ana andava sempre com o seu saco e de lá tirou o estojo de lápis e um bloquinho. As folhinhas e os lápis foram passando de mão em mão. Cada um escrevia o que pensava e as folhas circulavam para trás e para diante... desse modo todos trocavam ideias e quando os papéis ficaram cheios de anotações a Ana escreveu um resumo:

O Mocho era o responsável por aquela situação. O pássaro colorido ia chamar o Mocho. O mocho voava, chegaria num instante a casa da velha, toda a gente sabe que os mochos são sábios, quem melhor que ele para adivinhar o que a velha rabugenta se lembrasse de perguntar? Mas havia um problema: os mochos só voam à noite e o sol ainda estava bem alto... Iam ter de esperar o cair da noite.

E o que fariam enquanto esperavam? Não podiam mexer-se...O que valeu, mais uma vez, foi o saco da Ana. Ela tirou de lá um livro que foi passando mão em mão. Cada um cada um foi lendo um bocadinho.

Ao anoitecer chegou o Mocho.

- Amigos! Então! Que se passa?

- Mocho! Ainda bem que vieste! - E a Ana contou-lhe tudo.

- Apanharam muito Sol? Que história é essa de eu espirrar e a Floresta encolher?

- Olha, olha a minha ca...

Mas a sua casa estava do tamanho que sempre tinha tido! Aliás, tudo à volta deles na Floresta do Chapéu Mágico estava do mesmo tamanho de sempre... O que teria acontecido?

A explicação era muito simples: eles tinham ficado tão cansados de ajudar a D. Gertrudes na fabricação dos queijos que, ao chegaram à margem do rio, tinham adormecido!

Desataram a rir-se. Riram ainda mais ao verem que todos tinham sonhado, o mesmo sonho!

- Que engraçado, - diz o Gabriel - no sonho, estivemos toda a tarde a ler. Que livro seria?

- Se calhar era este: ” Alice no País das Maravilhas”- disse a Ana tirando o livro do seu saco.

- E se continuássemos?- perguntou o Pássaro Colorido.

- Eu adoro leituras! - disse o Mocho.

Leu a Ana, o Manuel, a Matilde, o Esquilo, o Pássaro Colorido...

Até o Texugo, atraído pelo cheiro do cesto dos queijos, que a D. Gertrudes lhes tinha oferecido, em agradecimento pela ajuda, apareceu e quis ler um pouco.

Quando chegou a vez do Mocho todos ficaram muito atentos,o Mocho lia sempre muito bem:

- “Alice foi à frente e o grupo nadou até à margem.

Era de facto...hic... um grupo estranho... hic... aquele...hic...que se...juntara na margem...hic...hic...hic...”

Todos tentaram ajudar o Mocho, cada um tinha uma receita para soluços. Nenhuma funcionou.

- O meu... hic... avô... dizia... hic... que... hic... se escutarmos...hic... 5 provérbios ... hic... os...hic...soluços... hic... passam...hic - disse, ou melhor soluçou o Mocho.

- Quem é que sabe muitos provérbios? - pergunta a gata Matilde

- Os meninos da escola! - responde o gato Gabriel

Meninos e meninas da #sala 5 ajudem o Mocho. Encontrem 5 provérbios para ele parar de soluçar...

Visita à #sala5...

Na passada sexta-feira fiz uma visita surpresa para conhecer os meninos e meninas da #sala5 ao Colégio de Alfragide. A verdade é que escrevo aqui e não conhecia, nem a Ana, nem nenhum dos seus alunos. O que encontrei? A mesma magia que recebo todas as sextas-feiras nos seus textos. Alegria, boa disposição e uns olhos atentos e muito doces em cada um dos rostos que me olhavam com a ternura que só aos 5 anos se pode ter. Obrigado pelos abraços e pelos muitos sorriso que levei comigo nesse dia e que em mim ficaram presos para sempre!

Hoje fiquei a saber como me viram os meus amiguinhos da #sala5. Ora, cá estou eu :) Obrigado por mais esta linda surpresa!