sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A girafa Giroflé




A girafa Giroflé
Era gira, e muito alta
Quando estava no recreio
Ficava por cima da malta
 
Como tinha muita sede
E uma grande garganta
Comprava no hipemercado
Enormes garrafas de Fanta
 
Bebeu tantas laranjadas
Com a sopa e a sobremesa
Que ficou cor de laranja
Parecia uma holandesa


Texto: Miguel Botelho
Ilustração: Isa Silva

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vamos cantar...


A Penélope achou estranho não voltar a encontrar o pequeno dragão.

Reuniu os amigos seus vizinhos, com quem costumava brincava depois da escola, a Matilde, o João e o Pedro, e foram à procura dele.

Andaram para a frente a para trás na rua… Até que o João gritou:

-Olhem! migalhas!

Vieram todos a correr.

Havia um montinho de bolachas de chocolate, junto a um arbusto! E atrás do arbusto lá estava muito encolhido, muito amarelo…

- É este? Mas tu disseste que ele era verde… - disse a Matilde.

- E era! – Disse a Penélope - Então dragãozinho estás doente?

O dragão acenou que sim com a cabeça.

- Se calhar as bolachas fizeram-lhe mal. A minha mãe diz que se comermos demasiadas coisas doces ficamos doentes.

- Achas? Então ele está doente por minha causa… Na semana passada, dei-lhe bolachas de chocolate todos os dias...

- Temos de o ajudar - disse o Pedro.

- Vamos levá-lo para minha casa e cuidar dele. – disse a Matilde.

No dia seguinte quando chegaram à escola a professora Ana disse que era o Dia Mundial da Alimentação e iam…

O Pedro põe o braço no ar.

- Diz Pedro…

- Os dragões podem ficar doentes se comerem muitos doces?

- Pedro, cala-te! - disseram baixinho o João, a Matilde e a Penélope

- Claro que sim - disse a professora Ana a sorrir, sobretudo os dragões. Se comerem muitos doces ficam amarelos e podem morrer. Devem comer muita fruta e legumes.

A Penélope, a Matilde, o Pedro e o João olharam uns para os outros muito espantados. Será que ela conhecia o Lucas?

Ah não vos disse. O Dragãozinho chamava-se Lucas… Mas a história completa de “Lucas - o pequeno dragão” tem de ficar para outra vez…

Agora a Ana vai começar a ensaiar a canção do Dia da Alimentação.

Vamos lá cantar todos!


Bichos na sopa


Batatas?

Não quero!

Cenouras?

Não gosto!

Feijões lá no meio?

Odeio!


Mas a sopa sabe bem…

Oh mãe, o que é que tem?


Água aos milhões

Trinta pulgões

Vinte baratas

e dez centopeias

a saltar dentro das meias.


Mas a sopa sabe bem…

Oh mãe, o que é que tem?


A saltar dentro das meias?

Dez centopeias?

Vinte baratas?

Trinta pulgões?

e água aos milhões?


Mas a sopa sabe bem…

Oh mãe, o que é que tem?


Água aos milhões

Trinta pulgões

Vinte baratas

e dez centopeias

a saltar dentro das meias.


Bichos na sopa?…

Humm… Sabem bem!






Leitura feita pelos alunos do 4º ano do Colégio de Alfragide.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010



Era uma vez…
Uma menina chamada Penélope.
Tinha duas tranças pretas e, todos os dias, ia para a escola de mão dada com a mãe e aos saltinhos.
Um dia viu ao virar da esquina viu um pequenino dragão verde.
- Mãe! Olha é um dragão!
-Sim, filha, um dragão…
- A sério mãe !
-Vamos, Penélope, deixa-te de invenções, estamos atrasadas para a escola.
A Penélope virou-se para trás e viu o dragão escondido a olhar para ela. Tirou do bolso uma bolacha e, dando um saltinho, atirou-lha sem que a mãe visse.
O dragão bateu as asas e apanhou a bolacha. Hum! Que coisa deliciosa!
Isto foi há duas semanas. Desde aí, todos os dias a Penélope, deixa cair uma bolacha na esquina da rua dos Plátanos, com a rua da Escola.
Todos os dias menos ontem que era feriado.
Hoje ela passou e não viu o dragão…
Que terá acontecido?
Se calhar ele não sabia que ontem era feriado, por causa da Implantação da República, e ficou aborrecido por não a ver…
Vamos esperar por amanhã… a ver o que acontece.
Se amanhã nos próximos dias ele não aparecer vou à procura dele - pensa a Penélope - pode ter ficado doente… Os dragões também podem constipar-se, ter escamas encravadas... Ou dores de ouvidos…
É isso vamos esperar para ver o que acontece…
Depois eu continuo a contar.
Bruxinha



Leitura feita pelos alunos do 4º ano do Colégio de Alfragide.

domingo, 3 de outubro de 2010

O Leão Amarelo



Era uma vez um leão amarelo
Acordou com uma mancha no meio do pelo

Como era vaidoso ficou irritado
Com a mancha na juba a estragar o penteado

Foi ao cabeleireiro da gatinha Tareca
Que com uma tesourada deixou-o careca

O leão amarelo ficou a tiritar
Foi comprar uma manta para se tapar

Com a primavera cresceu-lhe o pelo
E ficou feliz o leão amarelo.

História: Miguel Botelho
Ilustração: Isa Silva