segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Na casa das Histórias Mágicas...

- A sala já está toda varrida!
- Varrida?!! Então e o aspirador!
- Minha querida, tu achas que eu já não tenho forças para varrer uma sala? E não te esqueças que assim poupamos energia e ajudamos o Planeta.
- Achas que 25 almofadas chegam?
- Só 25? Falta a da Ana.
- A Ana não costuma ficar sentada...
- Pois... Mas também tem de ter uma almofada. Vou buscar mais uma.
E a moça voltou a sair da sala.
- Pronto aqui está uma almofada para a Ana.
- Tão grande?
- A Ana é grande!
- Agora está tudo pronto.
- Já volto.
- Onde vais?
- Volto já.
- Então vais deixar-me aqui sozinha? O que é que eu faço?... Espera! Eu vou contigo!
Passado um tempo... Abre-se a porta e vão entrando crianças devagar, todas de mão dada e sentam-se, cada uma em sua almofada. Depois entra a Ana e diz:
- Esperem um pouco, em silêncio. Só vou fazer aqui uma coisa – disse a Ana e pôs-se a mexer no computador ao lado da janela.
A porta abriu-se outra vez e entrou... Uma vassoura!
- Então ela ainda não chegou?
As crianças ficaram boquiabertas! Era uma vassoura! Uma vassoura a andar e a falar? E quem é que estava atrasado? A Ana já ali estava e continuava a teclar como se uma vassoura a falar e a andar de um lado para o outro da sala fosse a coisa mais natural do mundo e acontecesse todos os dias! Logo à noite quando contassem aos pais eles iam achar que tinham andado muito tempo ao sol no recreio e sem chapéu...
A porta abriu-se mais uma vez.
- Ah, finalmente! - disse a vassoura.
Todas as crianças olharam para a porta e entrou um gato...
- Ah és tu! E ela? Onde é que ela está?
Mas quem seria ela? O gato disse:
-Não faço a menor ideia!
O gato atravessou a sala deu um salto e foi sentar-se à janela.
- Ai, Mico, isso de só fazeres o que queres...Hoje não tem piada. Não a viste mesmo? – perguntou a vassoura.
O gato abanou o focinho, levantou a pata esquerda e lambeu-a. A vassoura continuava a andar de um lado para o outro na sala, o gato lambia a pata e a Ana teclava. Abriu-se a porta outra vez.
- Aqui estou! Bom dia!
- Ufa, finalmente! - Disse a vassoura e foi colocar-se num canto da sala, sossegada qualquer vulgar vassoura.
- Bom dia! - disse a Ana
- Bom dia, Ana. Bom dia, crianças!
- ...
- Então não cumprimentam? - pergunta a Ana.
- Bom dia! – disseram todos ao mesmo tempo.
Pobres crianças em duas ou três semanas de escola, dois ou três anos de vida nunca tinham visto nada assim... À frente delas estava uma miúda com cabelos cor-de-fogo, uma saia comprida, um avental cheio de bolsos, botas e um chapéu de Bruxa!

-Olá! Eu sou a Bruxinha!

Uma bruxa!! Uma bruxa?! Uma Bruxa a sério? Uma Bruxa má? De repente as crianças começaram todas a fazer perguntas ao mesmo tempo... Mas a Ana disse logo:
- Tem de ser um de cada vez.
- Pois, a Ana tem razão, tem de perguntar um de cada vez para eu vos poder responder... Mas não, crianças, não sou uma bruxa má. Sou a Bruxinha das histórias. Vou ficar aqui sentada à espera das perguntas de toda a gente...
E quando acabarem de perguntar eu começo a contar.

1 comentário:

rosarinho disse...

Adorei!
bjs dos fofos e da Rosarinho